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Descrição

Será que precisamos dos conceitos de "natureza" ou "meio ambiente" para lidarmos com o aquecimento global? Ao elaborar uma resposta, Timothy Morton oferece também uma das melhores introduções à sua filosofia. Neste livro, noções como “ecologia sem natureza”, “estranho estrangeiro”, “malha”, “hiperobjetos” são apresentadas com rigor, leveza e humor.

Além de referências fundamentais da história da filosofia, Morton utiliza exemplos da poesia, das artes visuais, da música, do cinema e da cultura pop, passando por fenômenos comportamentais contemporâneos: de Darwin a Blade Runner, de Wordsworth a Björk e Levinas, de Mallarmé a Stanley Kubrick. O livro busca reconceitualizar aquilo que entendemos por “ecologia”. Pois, para Morton, as concepções teóricas tradicionais, longe de contribuir para o enfrentamento da catástrofe ambiental, podem, ao contrário, intensificá-la.

No plano da ação política, Morton rejeita o "agir localmente" em favor de um "pensar grande" global, acompanhado de princípios éticos universais como responsabilidade, cooperação, simpatia e perplexidade. Sua crítica ao capitalismo como modo de formação de subjetividades nos convida a interagir em todas as escalas: com o estranho, com o não-humano, com os hiperobjetos.

Em três capítulos concisos, o livro apresenta as implicações estéticas e políticas decorrentes do fato de que as formas de vida estão interconectadas em uma vasta malha. O que denominamos “natureza” simplesmente não existe como entidade separada de elementos considerados “artificiais”, “culturais” ou “conscientes” da vida.

O pensamento ecológico propõe, com isso, uma compreensão inesperada sobre os impasses teóricos e práticos que estão na origem das mudanças climáticas atuais.

O atual modelo de desenvolvimento, produtivista-consumista, levará muito provavelmente a humanidade à autodestruição. Precisamos denunciar o processo de degradação em curso e construir uma outra forma de organização social e econômica que nos permita viver e conviver harmoniosamente com a natureza, da qual fazemos parte. A Amazônia está no centro do debate sobre a crise ambiental, não apenas para o nosso país, mas para todo o mundo. O estudo aqui publicado, apoiado nas pesquisas mais recentes sobre a região, oferece dados e análises preciosos para interrompermos a “economia de destruição da natureza” e possibilitarmos a emergência de uma “economia do conhecimento da natureza”. O estudo mostra, entre outras coisas, que, até 1960, apenas 1% do território da Amazônia havia sido desmatado, e hoje são 20%. Entre 2004 e 2012, houve significativa redução do desmatamento, mas, depois, voltou a crescer. Em 2016, o Brasil foi o sétimo emissor mundial de gases de efeito estufa: deste total, 51% foram causados pelo desmatamento. Nos últimos meses, tem havido um verdadeiro descontrole por parte do governo em favor de um processo que corre o risco de levar à savanização e desertificação da Amazônia. É possível, demonstra o autor, com apoio em práticas que já ocorrem na Amazônia, mudar a situação, reverter o quadro negativo, valorizar a experiência e a vida dos povos tradicionais, combinar a sua cultura com os avanços da ciência e da tecnologia, apoiar e ampliar as unidades de conservação. Dando o devido valor à maior área de biodiversidade do Planeta, o Brasil tem condições de oferecer uma contribuição global fundamental na luta contra as mudanças climáticas. Esperemos que este trabalho ajude a tomar consciência da gravidade da situação em que nos encontramos, com riscos tanto para o Brasil como para o mundo, e que enveredemos com urgência na mudança de rumo da qual necessitamos. — Ivo Lesbaupin, no Prefácio

Autor: Ricardo Abramovay
1 ed. | 2019
112p.
Editora Elefante